Dr. Alexandre Aurélio
Data: 13/09/2019
Como dito em textos anteriores, as varizes se fazem presentes em cerca de 30% dos adultos e acredita-se que em torno de metade da população irão ter veias tortuosas ou dilatadas algum dia. Atualmente, são as mulheres que apresentam maiores chances de possuírem varizes ou alguma condição vascular ao longo se suas vidas, principalmente por questões de genética e gravidez.
Um problema comum que já atinge várias mulheres é a dor pélvica crônica, causada por motivos variados. Nos últimos anos, com o avançado tecnológico e a melhora na área de medicina, descobriu-se que uma das causas para essas dores são veias varicosas e insuficiência venosa na região pélvica e do ovário, chamadas de Síndrome da Congestão Pélvica.
Incomum em mulheres que nunca passaram por uma gestação, a Síndrome da Congestão Pélvica, atinge mulheres de 20 a 50 anos e se caracteriza por dores crônicas no útero, ovários e vulva devido ao sangue parado nas veias dilatadas, afetando os nervos.
Apesar de muitas vezes ser assintomática, os principais sintomas a serem observados é a dor recorrente na pelve, principalmente durante o período menstrual, durante a gravidez e após relações sexuais, sangramento menstrual anormal, corrimento vaginal, varizes presentes nas coxas, vulva e nádegas, dor lombar crônica, desconforto, fadiga e algumas pessoas sentem um peso na bexiga.
O diagnostico dessa condição exige que a dor esteja presente por no mínimo 6 meses, que o exame pélvico resulte em ovários sensíveis e sensibilidade do movimento cervical e que sejam excluídas a possibilidade de qualquer outra anormalidade. Os exames mais comuns para analisar o caso, sendo todos minimamente invasivos, são a ultrassonografia pélvica transvaginal, Doppler, a angioressonância e alguns profissionais ainda fazem a venografia para confirmar o caso. Nesses casos é recomendado que um ultrassom seja feito com a paciente em pé, pois quando deitada as veias afetadas se tornam menos alargadas, dificultando o diagnóstico.
O tratamento sempre deve ser realizado com acompanhamento médico e pode ser feito através de analgésicos para aliviar as dores e medicamentos hormonais, em alguns casos nos quais a síndrome está avançada, a técnica de embolização é utilizada. No mais o cuidado com a saúde e alimentação e a ida regular a um angiologista são peças chaves para a prevenção ou diagnostico rápido.
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