Dr. Alexandre Aurélio
Data: 21/02/2020
A época mais festiva do ano reserva viagens memoráveis para amigos e famílias que, juntos, viajam de carro, ônibus e avião Brasil afora. Viagens longas, no entanto, escondem um perigo para a saúde vascular: a trombose venosa profunda, uma coagulação sanguínea dentro dos vasos que origina embolos. Os coágulos se movimentam pela corrente sanguínea e podem chegar ao pulmão, ocasionando a embolia pulmonar e, consequentemente, a morte.
Dessa forma, segundo a Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, o risco de ter trombose em viagens longas aumenta 26% a cada duas horas sentado. No mesmo sentido, estima-se que o tempo médio para o surgimento de uma trombose seja de 3 a 4 horas, variando de indivíduo e estado de saúde. Assim, recomenda-se atenção às panturrilhas e coxas, locais onde os coágulos costumam se formar.
Embora os sintomas possam não aparecer em algumas pessoas, vale se atentar a alguns mais comuns: dor e inchaço nas pernas, aumento da temperatura nas pernas, coloração vermelho-escuro ou arroxeada e endurecimento da pele. Dor no peito e falta de ar também entram como sintomas relacionados. Recomenda-se, portanto, a ingestão de água, pausas para caminhar e esticar as pernas, e uso de meias de compressão.
O risco maior fica para quem, de fato, não realiza o acompanhamento de um especialista capaz de diagnosticar tendências a problemas vasculares bem como tratar problemas para que não haja piora. Alguns grupos de pessoas, no entanto, devem ter cuidado redobrado ao saberem que farão viagens longas: obesos, diabéticos, fumantes, mulheres acima de 40 anos, gestantes e quem possui varizes.
Fontes de pesquisa: